quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Como tornar-se um "NÉM":
1. Comece cortando a letra "m" do final das palavras: garage, passage, viage.
2. Retire o "d" dos verbos em gerúndio: falano, cantano, fazeno.
3. Elimine o "s" dos plurais: as criança, meus minino, as carne.
4. Crie vogais inexistentes no meio das palavras: naiscer, adevogado.
5. Em algumas palavras, troque o "s" pelo "r": cartigo, ar veze, ercola.
6. Conjugue o "mim": pra mim fazer, pra mim cumê, Ou melhor: pá míã fazê.
7. Pratique as seguintes situações: tire foto de si mesmo no espelho do banheiro,coloque um piercing com penduricalhos no umbigo, passe doura-pêlo na praia.
8. Tenha Orkut. E no MSN, ixCrEVa sEmPRe aXiM.
9. Turbine seu carro: ele deve ser rebaixado, com neon e adesivos de frases cafonas...
10. Ném tem rádio. Não tem celular. E só fala no viva-voz.
11. Ouça funk no ônibus sem fone de ouvido no volume máximo.
12. E, obviamente, não cultive amigos. Ném que é ném é cheio de colega
Mas tem mais coisas, gente!
* Ném que é NÉM não reconhece a diferença entre MAIS e MAS.Tanto FAIX.
*Posta no Face, no Orkut e afins, pérolas como NAMORAL (refere-se a namoro?) AGENTE se adora (O agente seria 007 ou 86?) e outras.
*Usa TOPPER (Não, não é o tênis...) com shortinho micro e largo na cintura,prá quando sentar aparecer a “TATU TRIBAL NO COX”. Afinal, “Tatuage custa caro. “TEM KE MOSTRA MERMO!”(Ignora R final)
*Anda de BIXCRETA, vê FANTAXCO aos domingos e, CRARO, é FRAMENGO.Ou FRUMINENSE.
*Usa o particípio passado de todos os verbos terminando em ÃO. “Eles FORÃO prá casa cedo.” “Ontem eles BEBERÃO todas aki em casa). Aliás, NÉM adora um K. Ao ponto de escrever KANDO (Pera, que eu vou ali me enforcar num pé de agrião...)
Por hoje é só, pessoal.
AH, TEM MAIS!
Por enquanto, vou apenas definir o termo NÉM, e explicar o motivo da minha resposta padrão, sempre que alguém me chama assim (Eu invariavelmente respondo que NÈM é a puta que pariu o cidadão).
NÉM, quer dizer DESCLASSIFICADA.Um NÉM é tão, mas tão ruim, que não se admite compará-lo a qualquer coisa, sob pena de ofender a “coisa”.
NÉM não é cachorro, porque os animaizinhos não merecem isso. Não é galinha pelo mesmo motivo.
NÉM não é puta, porque as profissionais do sexo não devem se rebaixar a tanto devido à ética profissional.
NÉM não é “pouca coisa”, porque pouca coisa ao menos é alguma coisa.
Ou seja, meu bem...
"NÉM" isso você é!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Realengo, 07/04/2011.

Definitivamente não sou de tapar o sol com a peneira e muito menos ainda de defender o governo ou governantes. Porem em relação ao ocorrido na E.M. Tasso da Silveira hoje, senti vontade de me pronunciar.

Sou professora da rede pública municipal. Moro e trabalho em Realengo. Conheço a escola e um considerável número de servidores que lá trabalham.

Sou mãe.

Um dos meus filhos é estagiário nessa escola e estava lá no momento da tragédia, tendo presenciado os momentos de pânico e a dor e o caos que lá se instaurou a seguir. Vivi na pele a apreensão de assistir impotente na TV o desespero da situação sem ter como me comunicar com meu filho, sem saber como ele estava, se estava ferido (graças à Deus, não. Ele estava bem.).

Soube, pelo noticiário, da ação heróica do menino que, ferido, fora buscar a ajuda providencial da polícia, evitando assim que tal tragédia tomasse dimensões ainda maiores.

Todo erro, toda falha e principalmente toda tragédia vem acompanhada de um ávido desejo de se encontrar culpados. Feliz ou infelizmente nem sempre isso é possível.

Particularmente nessa situação, não cabe de forma alguma se culpar a segurança pública, a direção da escola, a falta de decoro parlamentar, a corrupção... Nada. Nada mesmo.

Apenas nos resta lamentar uma tragédia tão previsível e tão evitável quanto um tsunami, e tal fato nos prova de forma desagradável e dolorosa a nossa completa impotência.

Por que escrevo isso? Simples: na esperança de levar algumas pessoas a se desarmar do ódio que possivelmente seria lançado contra esse atirador e dar lugar nos corações ao amor e à compaixão pelas vítimas e seus familiares. E vou muito mais além: aqueles que se puderem colocar num patamar de evolução espiritual superior (não, não estou dizendo que é o meu caso), dar lugar à compaixão pelo próprio assassino.

Entendam: não estou de forma alguma sugerindo que se “coitadize” tal pessoa. Apenas que se reconheça se tratar de um ser gravemente doente, desequilibrado e desprovido de qualquer senso moral ou ético ou social que se apresente como aceitável no padrão de sociedade humana e, portanto, digno de compaixão.

O que vejo como de grande importância nesse momento é não se permitir que a sensacionalização desse fato sirva de plataforma a pessoas e organizações que já se mobilizam com fins eleitoreiros e aproveitadores. Não cabe nesse momento se discutir salário, condições de trabalho, moralização ou dignidade da profissão de professor. Não é o caso, por favor!

O momento é de contrição, prece e atitudes. Aqueles que não são religiosos, que procurem os hemocentros e contribuam como puderem para amenizar tantas dores, mas não desperdicem seu tempo e suas energias procurando culpados ou colaborando com aqueles que o fazem.

O momento é de ação. Ponto.

Trabalhemos, então, da forma que melhor aprouver a cada um para que tenhamos não apenas um Rio de Janeiro, mas um Mundo com menos dores.